Frio na Barriga...
… é assim que a equipe escolar fica quando vê uma criança correndo pela escola, independentemente da idade, seja dos anos iniciais ou do ensino médio, criança correndo é sinônimo de frio na barriga!😣
Este é o principal medo voltado à um acidente relatado pela maioria dos professores e funcionários da escola. Realmente quedas ocorrem com muita frequência no ambiente escolar e é importante ter uma disciplina para evitar isto, pois se é previsível que possa acontecer, então é prevenível.
Queda é a principal causa de internação hospitalar entre crianças de 0-14 anos no Brasil, são quase 50% dos casos, já a mortalidade decorrente da queda é a sexta causa, com 5%, fonte DATASUS.
Mas o que fazer em uma queda?
Eu não sei, pois cada queda é única, não existe que igual!😅
Em uma queda temos vários fatores a serem avaliados e só após isto teremos uma ação assertiva. Esta avaliação é chamada de CINEMÁTICA.
Na cinemática iremos avaliar fatores que irão determinar a gravidade, a conduta, os recursos e remoção. Se não avaliar a cinemática do evento poderemos agravar ainda mais a lesão gerada pela queda.
Alguns fatores importantes na avaliação da cinemática:😮
- Altura da queda (própria altura – cadeira)
- Velocidade de deslocamento (estava correndo – parada)
- Proteção (conseguiu proteger o rosto antes da queda)
- Impacto (qual o tipo de piso: grama – azulejo – areia)
- Reação (levou a mão a algum lugar ou só chorou)
- Físico (hematoma – edema – corte)
Neurológico (desmaio – convulsão – tontura)
A avaliação de alguns pontos é determinante para analisar a gravidade do caso e a conduta a ser realizada. Uma dica muito importante é, nunca pegue no colo uma criança que caiu!😥
Sei que parece insensível ou frio, mas a primeira conduta é permitir que ela tenha movimentos naturais no tempo dela, isto irá permitir identificar lesões, caso contrário poderemos agravar ainda mais e gerar sequelas. Neste momento o aconselhado é: aproximar, conversar, e colocar a mão sobre ela para se sentir acolhida, só não podemos movimentar sem saber o que aconteceu.
No momento da queda nosso coração parece sair pela boca e queremos abraçar e acolher, mas ajudar sem conhecimento e avaliação pode potencializar a lesão.
E aí, ficou com dúvida?
Manda a pergunta 😉