O uso de pods e cigarros eletrônicos vem crescendo entre adolescentes, trazendo sérios riscos à saúde e desafiando escolas e famílias na prevenção. Entenda os perigos, por que eles atraem os jovens e como a educação preventiva pode fazer a diferença no ambiente escolar.
Por que falar sobre esse tema?
Nos últimos anos, o uso de pods, vapes e cigarros eletrônicos aumentou de forma preocupante entre adolescentes e jovens. Muitos acreditam que esses dispositivos são menos prejudiciais do que o cigarro tradicional, mas a realidade é bem diferente. Eles representam um risco silencioso e grave à saúde, além de desafiar famílias e escolas na missão de orientar os estudantes.
O Projeto Anjo traz esse debate porque entende que a prevenção começa pela informação. Ao educar, formamos alunos mais conscientes, capazes de tomar decisões seguras e de atuar como multiplicadores de conhecimento em suas comunidades.
Riscos reais para a saúde
Ao contrário do que o marketing sugere, os cigarros eletrônicos não são “inofensivos”. Pesquisas apontam que eles podem trazer danos imediatos e a longo prazo, entre eles:
- Dependência química precoce: a nicotina em altas concentrações aumenta a chance de vício já na adolescência.
- Problemas respiratórios: inflamações, irritações na garganta, bronquite e risco de doenças pulmonares graves.
- Danos cardiovasculares: aumento da pressão arterial, taquicardia e risco de infarto precoce.
- Exposição a substâncias tóxicas: metais pesados, formaldeído, solventes e químicos cancerígenos.
- Impactos no cérebro em desenvolvimento: prejuízos na memória, atenção, aprendizado e maior vulnerabilidade à dependência.
O uso de vapes não é apenas um “hábito social” — é um problema de saúde pública
Por que os jovens são atraídos por pods e vapes?
O sucesso dos cigarros eletrônicos entre adolescentes e jovens não acontece por acaso. Eles foram projetados para seduzir esse público:
Variedade de sabores
Frutas, doces, menta, que mascaram o gosto da nicotina.
Design moderno e tecnológico
Lembram pen drives, passando a ideia de inovação.
Aparência discreta
Facilitam o uso escondido em casa ou até mesmo na escola.
Marketing direcionado
Propagandas coloridas e linguagem jovem, ainda que proibidas oficialmente.
Pressão social
Muitos adolescentes começam pelo desejo de “experimentar” ou “não ficar de fora”.
O papel da escola e da família
O combate ao uso de pods e cigarros eletrônicos só é possível quando escolas e famílias atuam juntas em uma rede de apoio. A escola tem a oportunidade de transformar a informação em conhecimento, trazendo o tema para rodas de conversa, projetos interdisciplinares e campanhas educativas que envolvam toda a comunidade. Professores podem abordar os riscos em disciplinas como Ciências e Biologia, ampliando a consciência dos estudantes sobre os efeitos no organismo e na vida social.
Da mesma forma, a família precisa ser um espaço seguro de diálogo. Conversas abertas, sem julgamentos, ajudam os adolescentes a se sentirem acolhidos para falar sobre dúvidas e pressões do grupo social. É essencial que pais e responsáveis estejam atentos às mudanças de comportamento, objetos suspeitos e busquem apoio profissional sempre que necessário.
Quando escola e família se unem, o impacto da prevenção é muito maior: os jovens recebem informações claras, reforçadas em diferentes contextos, e sentem-se mais preparados para resistir às influências externas e tomar decisões conscientes.
Situação legal e social no Brasil
Desde 2009, a Anvisa proíbe a comercialização e a propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil. Mesmo assim, o consumo segue crescendo, alimentado pelo mercado informal e pelas redes sociais.
Esse cenário torna ainda mais urgente a atuação das escolas como espaços de conscientização. Afinal, jovens bem informados se tornam protagonistas na construção de uma sociedade mais saudável.

O Projeto Anjo e a educação preventiva
O Projeto Anjo acredita que prevenir é salvar vidas. Ao incluir esse tema em suas atividades, o projeto:
Promove educação em saúde com linguagem acessível para crianças e adolescentes.
Desenvolve habilidades socioemocionais como responsabilidade, autocontrole e consciência social.

Reforça a importância de escolhas seguras e saudáveis dentro e fora da escola.
Contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os relacionados à saúde e bem-estar.
Informação é a melhor defesa
Os pods, vapes e cigarros eletrônicos não são apenas uma “moda adolescente” — são um risco real à saúde física e emocional dos jovens. Cabe às famílias e às escolas, em parceria com iniciativas como o Projeto Anjo, transformar a informação em ferramenta de prevenção.
Quanto mais cedo falarmos sobre isso, mais vidas serão protegidas.